terça-feira, 1 de maio de 2012

Vinhetas, pequeninas histórias e pitadas poéticas em Nova York


Sábado de um feriado prolongado. A temperatura começa a cair, sobretudo pela chegada de uma frente fria. Uma preguiça que quer te deixar debaixo das cobertas. Ótima desculpa para descansar. Quase não me permito tal situação. Meu corpo pede movimento. O controle da TV ao alcance da mão, eu giro pelos canais por assinatura. Nova York, Eu Te Amo (2009) é o título do filme que faz com que meu dedo pare de clicar. Por algum motivo acabei não o assistindo no cinema e recentemente o preteri na prateleira da locadora.
Ele segue a proposta já realizada anteriormente de Je t’aime Paris. Pequenos roteiros e vários diretores compondo uma colcha de retalhos que se estende muito bem na tela. As cenas e seus personagens têm ao fundo várias citações de pontos interessantes da cidade de Nova York. Esses filmes são geralmente criticados por seguirem a fórmula do que os críticos chamam de cinema turístico. Eu discordo. Não me parece que as referências turísticas e geográficas sejam o objetivo final dos diretores. Mas por que não utilizá-las como inspiração para os roteiros? A vista da Baía de Nova York, Battery Park, Quinta Avenida, Central Park, Chinatown e tantas outras citações a uma das cidades mais conhecidas e visitadas do mundo, lugar que reúne gente de tantas partes do planeta.
As curtas histórias recebem pitadas de poesia de seus diretores. Cenas cotidianas que abordam esteticamente a subjetividade e a singularidade de personagens bem humanos em sua maneira de lidar com o amor e os sentimentos que dele decorrem. Meu fim de tarde de um sábado chuvoso certamente ganhou mais beleza. Eu recomendo o filme.
                                   
                                        01/05/2012