Sábado de um feriado prolongado. A
temperatura começa a cair, sobretudo pela chegada de uma frente fria. Uma
preguiça que quer te deixar debaixo das cobertas. Ótima desculpa para
descansar. Quase não me permito tal situação. Meu corpo pede movimento. O
controle da TV ao alcance da mão, eu giro pelos canais por assinatura. Nova York,
Eu Te Amo (2009) é o título do filme
que faz com que meu dedo pare de clicar. Por algum motivo acabei não o assistindo
no cinema e recentemente o preteri na prateleira da locadora.
Ele segue a proposta já realizada
anteriormente de Je t’aime Paris. Pequenos
roteiros e vários diretores compondo uma colcha de retalhos que se estende
muito bem na tela. As cenas e seus personagens têm ao fundo várias citações de
pontos interessantes da cidade de Nova York. Esses filmes são geralmente
criticados por seguirem a fórmula do que os críticos chamam de cinema
turístico. Eu discordo. Não me parece que as referências turísticas e
geográficas sejam o objetivo final dos diretores. Mas por que não utilizá-las
como inspiração para os roteiros? A vista da Baía de Nova York, Battery Park,
Quinta Avenida, Central Park, Chinatown e tantas outras citações a uma das
cidades mais conhecidas e visitadas do mundo, lugar que reúne gente de tantas
partes do planeta.
As curtas histórias recebem pitadas
de poesia de seus diretores. Cenas cotidianas que abordam esteticamente a
subjetividade e a singularidade de personagens bem humanos em sua maneira de
lidar com o amor e os sentimentos que dele decorrem. Meu fim de tarde de um
sábado chuvoso certamente ganhou mais beleza. Eu recomendo o filme.
01/05/2012